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Showing posts from September, 2022

Teste à Barros Letal - Especial Chumbadinha

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  Hoje e ontem, em mar com péssimas condições, andei a fazer testes à novíssima Barros Letal. O Manuel Monteiro do Segredos de Pesca desenvolveu-a em colaboração com a Barros e numa primeira fase disponibilizou o video de apresentação aos alunos do curso Segredos de Pesca para que a pudessem encomendar antes de publicar e divulgar publicamente. Foi o meu caso, fui lá à Maresia em Loures buscá-la.  Não deixo aqui o link do video mas se estiver online público quando lerem o post é uma questão de procurar no youtube Barros Letal Especial Chumbadinha Segredos de Pesca. Para mim esta cana de 3 elementos, 4.2m e ação 40-130gr preenche mesmo um vazio entre dois tipos de cana que tenho: telescópicas de bóia e surfcasting. Até comprei uma telescópica de 5m com ação até 100gr de propósito para chumbadinha, pois tenho outra de 6m que tem ação 10-80gr. Isto das ações tem que se lhe diga. Mesmo com chumbadas abaixo do limite destas duas canas (ex: 40gr) sinto sempre que a cana dobra demais...

Windguru vs Fishing Points

Adoro a app Fishing Points que pouca gente (que eu saiba) conhece e usa. É uma app 100% dedicada a pesca, mas recentemente apercebi-me que tem dados para ondulação que tendem a ser muito por baixo dos valores reais que observo nos pesqueiros e do Windguru. Dou aqui um exemplo de 2 dias: Windguru Fishing Point Onda Período Onda Período 2,1 14 1,4 10 1,5 11 1,2 6 Em ambos estes dias o Windguru estava mais próximo da realidade. Isto não são previsões, mas sim o que está a acontecer em tempo real, mas nas previsões sucede o mesmo problema. Todos os dados que recolhi no meu Excel da Pesca foram retirados do Fishing Points e vejo agora que tudo o que disse respeito a ondas esteve subestimado. Para não eliminar essas previsões estou a ver se detecto alguma consistência na diferença entre o Fishing Points e o Windguru, se for sempre o mesmo rácio sou capas de corrigir as observações passadas. A diferença de mar de 2,1m com período 14s para mar de 1,4m com período 10s é mesmo grande. De resto a...

Mais uma madrugada, mais uma grade.

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  Não atino com isto... Mais uma vez uma sessão de madrugada que me parecia ter tudo para correr bem a não dar em nada. Desta vez foram umas 3h, 2h na Praia Grande e 1h numa pedra perto da Praia das Maçãs. E sempre a confirmar o que tenho observado desde Julho de 2022: só apanho robalos de dia com mar parado ou muito pequeno e muito sol. Hoje estava grande 1,4, período 10s, maré cheia. Mas dava para lançar para lá do fundão junto à praia. Nas fotos já se sabe que o mar parece sempre muito mais pequenino.   Eu bem que não quero concluir nada quanto a isto porque é completamente contrário ao que era suposto acontecer.  Insisti quase sempre no mesmo spot onde há um grande fundão e entrada do mar para o mesmo, não estava a levantar areia lá longe. Depois já com o sol a nascer pelas 8:00 fui à minha pedra secreta (ok não é assim tão secreta). O mar não estava propriamente perfeito e começo a suspeitar que devo é apostar mais quando está menos cheia para ver se faz uma fei...

A simplicidade e minimalismo na pesca

 Uma das lições que absorvi dos meus sucessos ao spinning e insucessos no surcasting, bóia e chumbadinha, foi a da importância da simplicidade e minimalismo na pesca. Esta importância é tanto maior quanto mais principiantes formos, mas mesmo pescadores muito experientes podem acabar por afunilar completamente a sua técnica, equipamento, montagens e pesqueiros.  Às vezes - e eu conheço um de vista aqui - só fazem um tipo de montagem e a mesma pesca num só pesqueiro. E só vão pescar quando as condições se alinham na perfeição, seja de dia, seja de noite. Podemos debater se isso é um bom pescador ou não. Certamente que não é um pescador versátil e adaptável a diferentes pesqueiros, condições e espécies, mas por outro lado pode ser altamente eficiente se for dos que tiver resultados. O spinning é extremamente minimalista. Não se compara - a meu ver - às combinações possíveis de elementos nas outras pescas. No spinning o que me aconteceu foi que por pescar quase sempre nos mesmos s...

O perigo dos carretos selados

 O meu penn spinfisher VI já está na revisão e vai precisar de peças. Na loja foi desmontado o suficiente para se perceber que partiu uma peça e tem partes muito oxidadas. O carreto tem apenas alguns meses, mas foi submetido a alguns acidentes. Nos açores penso que ficou submerso no barco quando este encheu de água ao ir à ré demasiado rápido. Na praia também ficou submerso um par de vezes quando estava dentro de água. Aos poucos foi colando...  Contudo é supostamente IPX5, ou seja, devia aguentar submersão com baixa pressão e isso também me deu um excesso de confiança. O IPX4 aguenta salpicos. Eu diria para tratar um carreto IPX5 como um IPX4 mais fiável, mas não como um IPX5. O que acho que aconteceu é que entrou mesmo água a baixa pressão. Pode-se ter gerado o mesmo problema que nas sapatilhas de trail em gore-tex. O gore-tex é impermeável (e supostamente respirável) e é optimo no frio, no UTMB foi muito bom ao proteger-me os pés de neve, gelo, chuvadas. O problema é que se...

Quando está grande, trocar spinning por pião, bóia ou chumbadinha

Fiz um teste de 1h com mares grandes (2,5m, 8s) e águas tapadas na Aguda / Magoito, de dia, e acho que é para riscar. Fiquei numa lage na Aguda a lançar para um fundão mas acho que o robalo não passou a rebentação poderosa a levantar areia ao longo da costa.  Hoje fui 1h também com mar que parecia mais calminho (apenas 1.5m e o mesmo período de 8s) na maré vazia e não deu. Tenho de me lembrar que de cá de cima parece sempre mais pequeno. Quando está assim é impossível lançar para lá da rebentação. Pode ser uma conclusão demasiado preliminar mas vendo o meu Excel da Pesca e recordando a minha experiência deste verão, sinto que o spinning atinge o seu expoente máximo em pesqueiros rasos com muita pedra em mares pequenos ou mesmo muito pequenos que tenderão sempre a ter águas mais lusas, visto o mar estar mais pequeno. Não defendo que de dia é melhor, apesar dos meus resultados. Falo nisso num post anterior: eu penso que tive resultados de dia e zero de noite porque pesquei de forma t...

O spinning é exigente nos carretos

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  No post dos argumentos das vantagens do spinning para principiantes o elemento da economia. Os bons carretos e canas são mais baratos que equiparáveis noutras formas de pesca. Até porque um carreto barato pode servir perfeitamente. E após alguma prática e cuidados a manter as amostras livres de salitre após a pesca, não temos os custos do isco ou engodo. Contudo, falei cedo demais... O meu excelente Spinfisher VI da Penn já está a dar problemas, vamos ver se o arranjo sai caro. Comprado este ano, mas em apenas 2 meses devo ter enrolado mais linha que em anos e anos de outras pescas com outros carretos. Usei carretos  durante anos (inclusive outro da Penn que foi o meu primeiro carreto e tem 10 anos e ainda está óptimo). Mas o novo está a colar e vai ter de ir à manutenção. É utilizável mas tenho receio que esteja a estragar mais por usar quando sinto uma ligeira prisão num dos pontos do movimento da bobine. Acho que foi submerso quando capturei um robalo com água pela cintur...

Spinning com mares grandes, o desafio

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  Suspeito que estou algo tramado com o spinning com mares grandes por aqui. Só comecei este verão a praticar spinning mas já sabia de antemão por viver aqui (zona de Colares) há um ano e ter feito surcasting e bóia que com mar maior é complicado pescar de praia ou em pesqueiros rasos nesta costa orientada a NW de onde vem a maior parte da ondulação. E hoje vem um dia desses e pronto...  Ainda fui fazer 20 minutos de lances na minha "pedra" aqui perto entre os intervalos do set. Há um fundão que quebra a rebentação por vezes e profundidade suficiente para a amostra trabalhar. É certo que consegui ter momentos a trabalhar a amostra entre as ondas, mas das últimas 5 vezes que fui ao pesqueiro não apanhei nada (em condições radicalmente opostas) e além disso é muito limitado (é mesmo só uma pedra com 3 direções para onde se pode lançar). Estava no limite do suportável, tive de fugir algumas vezes para não levar um banho (mas sem perigo). Pensei no que sucederia se ferrasse um bo...

Como ter menos grades ao spinning (e manter um logbook de pescas)

 Penso que é geralmente aceite que o spinning providencia muitas "grades" (não apanhar nada). A minha experiência pessoal é a oposta, comparado com surfcasting, bóia ou chumbadinha mas tenho total noção que se deveu a falhas da minha parte com pesca mal apresentada por uma série de razões e que levou a menos tempo útil de pesca comparado com spinning.  O grande problema das grades em alguém que se está a iniciar é que essa pessoa nunca a chega a ter qualquer referência, qualquer ponto de partida. Se alguém tem a sorte de acertar num pesqueiro, amostra e condições, pelo menos ganha confiança que é possível e que aquele sortido resultou uma vez. Com uma sucessão de grades logo ao início, é possível continuar completamente à nora da primeira à última pescaria, sem qualquer evolução porque não há referências e isso levar a frustrações. Mas para já: Esquece o conceito de grade no spinning, o importante é tempo de pesca vs capturas e a qualidade das mesmas, bem como manter a pesca ...

Spinning: as cores importam?

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  A cor importa? A profusão de cores de amostras e vinis nas lojas leva-me a intuir que a cor não interessa muito. Afinal de contas vamos ver anzóis, canas e outras coisas da pesca e são "todas iguais". Quando me refiro a iguais, os anzóis são todos ponteagudos e têm a forma de um anzol que espeta. E as canas são "paus flexíveis e leves com passadores". Os anzóis têm sobretudo duas cores, preto e níquel. As bóias têm perfis e gramagens diferentes que servem propósitos muito definidos. É nítido quando o mar está grande demais ou a correr demais e por aí fora e ajustar as coisas. Ou seja, as ferramentas de pesca mantiveram-se e especializaram-se em formas que evoluíram ao longo do tempo com atributos que se reconhece serem úteis e eficazes, testados e com feedback óbvio.  O normal por isso seria ver o mesmo no que respeita às cores das amostras. Haveria um consenso geral que as cores ípsilon e xis são melhores para a espécie tal e tal e na loja de pesca havia umas c...

Desafios da pesca: o viés de confirmação

 A aprendizagem da pesca tem inúmeros desafios, tentei abordá-los todos num texto mas já ia com 3 páginas e percebi que precisava de abordá-los um a um. Neste falo apenas de um fenómeno que se prendem com viés de confirmação e influência do próprio observador nas observações. Em resumo, se um pescador acredita que o melhor isco é o isco tal e tal, e que a melhor altura é na maré cheia e naquele pesqueiro, ele vai à pesca nesses dias, com esse isco, nesse pesqueiro. Logo as suas capturas (a acontecerem) vão ser nessas precisas condições nesse pesqueiro com esse isco. É muito fácil um pescador afunilar em conclusões em função dos seus sucessos. Depois torna-se numa máquina de autoconfirmação das suas próprias ideias porque as implementa sempre. Se não há capturas a expressão que mais ouvimos é "hoje não havia peixe".  O resultado são inúmeros pescadores com ideias muito assertivas sobre iscos, pesqueiros, comportamento de peixes, etc. Nunca vi outra actividade em que houvesse p...