Spinning com mares grandes, o desafio

 


Suspeito que estou algo tramado com o spinning com mares grandes por aqui. Só comecei este verão a praticar spinning mas já sabia de antemão por viver aqui (zona de Colares) há um ano e ter feito surcasting e bóia que com mar maior é complicado pescar de praia ou em pesqueiros rasos nesta costa orientada a NW de onde vem a maior parte da ondulação. E hoje vem um dia desses e pronto... 

Ainda fui fazer 20 minutos de lances na minha "pedra" aqui perto entre os intervalos do set. Há um fundão que quebra a rebentação por vezes e profundidade suficiente para a amostra trabalhar. É certo que consegui ter momentos a trabalhar a amostra entre as ondas, mas das últimas 5 vezes que fui ao pesqueiro não apanhei nada (em condições radicalmente opostas) e além disso é muito limitado (é mesmo só uma pedra com 3 direções para onde se pode lançar). Estava no limite do suportável, tive de fugir algumas vezes para não levar um banho (mas sem perigo). Pensei no que sucederia se ferrasse um bom robalo com aquela escoa violenta que mostra a pedra toda lá em baixo aos pés da pedra. Teria de o puxar para cima com uma onda a dar água. No inverno com mares de enchios não me apanham lá.

Ao fim da tarde fui espreitar o Magoito mas nem desci. Deixei uma dúvida e um vídeo no grupo do Segredos de Pesca no facebook. Estava vento a mais para lançar a meu ver, ao contrário da "pedra" onde pesquei de manhã, não é tão abrigado a não ser de ventos de leste e de sul. Ventos de oeste é complicado.

Uma opção seria procurar pesqueiros abrigados da ondulação NW e há duas zonas, a sul do Cabo da Roca e a sul do Cabo Raso que podiam ser interessantes. 

O problema de pesqueiros a sul da Roca em enseadas abrigadas é que estão... mais longe. Bem sei que é relativo e há malta que faz 1, 2 ou 3h de carro ou mais para ir para os pesqueiros. Mas uma das regras que tenho e de que falo no post das grades ao spinning, é dar preferência a idas frequentes aproveitando boas condições em detrimento de longas jornadas ocasionais. Se eu tiver umas 4 ou 5 horas ou mais para pescar se calhar até prefiro surfcasting e bóia. E uma longa jornada pode sem dúvida justificar uma viagem de carro. Por exemplo, pretendo voltar a Peniche quando tiver mais experiência e resultados que compensem e mesmo ir à Galiza um dia. Mas não ir pescar 1h ou 2h de madrugada ou no final de um dia.

O spinning parece uma opção complicada com mar grande pela minha falta de experiência, mas também porque no spinning está-se muito próximo do nível da água e as canas são pequenas (mesmo as maiores). Mesmo a forma como eu o gosto de praticar que é muito próximo de mar com fato de surf, pelas rochas, é complicada. Vamos ver como me adapto. Há uma questão que coloquei no grupo do Segredos de Pesca que se prende com lançar para zonas fundas na maré vazia quando os coroas quebram o mar longe. Duvido que os robalos passem para o lado de cá de linhas de rebentação colossais ao longo da costa para zonas com 1m, 1.5m de profundidade junto à areia. Mas quem sabe?

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